Acabei de ler o livro Austeridade: A História de uma ideia perigosa do professor de Economia Mark Blyth.
Recomendo vivamente. De uma forma clara explica-nos porque nos encontramos neste embrulhada a que os nossos governantes chamam de austeridade, porque tem tudo para falhar e porque não se aprende com o passado, quando estas medidas já foram usadas antes e também não resultaram.
Defende que o euro é que está a impedir os povos europeus de conseguir levantarem-se do buraco onde se enfiaram. Que tudo isto é em prol de manter o sistema financeiro vivo e os mais desfavorecidos serão sempre os mais desfavorecidos porque desta forma não vão ficar melhor do que estavam.
E tudo isto porque o euro está feito à imagem e semelhança do marco alemão, criado por interesses politicos e que segue as instruções e filosofias que têm como objectivo proteger os interesses alemães e não os europeus.
E ainda assim depois do fiasco em que estamos medidos ainda continuam a aceitar mais países a entrarem no euro.
O livro está bastante interessante e podem ter um resumo no link seguinte:
http://www.youtube.com/watch?v=JQuHSQXxsjM
Também no livro de Luis Sepúlveda, Palavras em Tempos de Crise, Sepúlveda faz-nos um retrato da crise em Espanha. Muda a geografia mas os problemas são os mesmos.
Desemprego, mentiras dos governantes, corrupção, dinheiro para os culpados, austeridade e precaridade para os que pagaram a crise e continuam a pagar com as suas casas, os seus empregos e o seu futuro.
Há uma coisa no livro de Mark Blyth que nos faz pensar. Para que a Alemanha, a Suíça vivam bem com a sua industria produtiva, os seus bancos, alguém de comprar os produtos e fazer lucros para depositar nos bancos. Se todos estiverem a aplicar a regra da austeridade, com aumentos brutais de impostos e despedimentos em massa, não há ninguém para comprar,
Se não se compra, não se produz, se não se produz menos pessoas são precisas para trabalhar e portanto menos lucros, menos emprego, zero investimentos, zero crescimento.
E até os alemães passam a ter de aplicar a austeridade quando já ninguem comprar os seus produtos e obras de engenharia. Vão todos aos fundo.
E por muito gastador que seja o Estado e por muito mais eficiente que ele possa vir a ser, a culpa desta crise é unica e exclusivamente do sector privado, nomeadamente da Banca que ficou demasiado gananciosa e dos politcos europeus que têm vistas curtas e estão presos de pés e mãos com o euro.
A solução passa por fazermos o mesmo que a Islândia fez. O apocalipse não vem se deixarmos falir os bancos e a Islândia está aí para o provar e se calhar a ideia do euro não é assim tão boa.
Sobre como sair do euro e quais as consequências Mark Blyth não fala mas deixa claro que neste momento o euro é a ruína da Europa.
Aqui está um link sobre uma reflexão das consequências da saída do euro para pensarmos noutras soluções que não passem por reduzir pensões, salários e despedimentos.
http://www.youtube.com/watch?v=JQuHSQXxsjM
São precisas ideias ainda mais perigosas que a austeridade para sairmos deste beco sem saída onde nos meteram...
Leiam e fiquem a saber a verdade por detrás da mentira de que foram os Estados gastadores os culpados de toda esta confusão.
A culpa reside no 1% que detém 99% da riqueza do planeta.
Recomendo vivamente. De uma forma clara explica-nos porque nos encontramos neste embrulhada a que os nossos governantes chamam de austeridade, porque tem tudo para falhar e porque não se aprende com o passado, quando estas medidas já foram usadas antes e também não resultaram.
Defende que o euro é que está a impedir os povos europeus de conseguir levantarem-se do buraco onde se enfiaram. Que tudo isto é em prol de manter o sistema financeiro vivo e os mais desfavorecidos serão sempre os mais desfavorecidos porque desta forma não vão ficar melhor do que estavam.
E tudo isto porque o euro está feito à imagem e semelhança do marco alemão, criado por interesses politicos e que segue as instruções e filosofias que têm como objectivo proteger os interesses alemães e não os europeus.
E ainda assim depois do fiasco em que estamos medidos ainda continuam a aceitar mais países a entrarem no euro.
O livro está bastante interessante e podem ter um resumo no link seguinte:
http://www.youtube.com/watch?v=JQuHSQXxsjM
Também no livro de Luis Sepúlveda, Palavras em Tempos de Crise, Sepúlveda faz-nos um retrato da crise em Espanha. Muda a geografia mas os problemas são os mesmos.
Desemprego, mentiras dos governantes, corrupção, dinheiro para os culpados, austeridade e precaridade para os que pagaram a crise e continuam a pagar com as suas casas, os seus empregos e o seu futuro.
Há uma coisa no livro de Mark Blyth que nos faz pensar. Para que a Alemanha, a Suíça vivam bem com a sua industria produtiva, os seus bancos, alguém de comprar os produtos e fazer lucros para depositar nos bancos. Se todos estiverem a aplicar a regra da austeridade, com aumentos brutais de impostos e despedimentos em massa, não há ninguém para comprar,
Se não se compra, não se produz, se não se produz menos pessoas são precisas para trabalhar e portanto menos lucros, menos emprego, zero investimentos, zero crescimento.
E até os alemães passam a ter de aplicar a austeridade quando já ninguem comprar os seus produtos e obras de engenharia. Vão todos aos fundo.
E por muito gastador que seja o Estado e por muito mais eficiente que ele possa vir a ser, a culpa desta crise é unica e exclusivamente do sector privado, nomeadamente da Banca que ficou demasiado gananciosa e dos politcos europeus que têm vistas curtas e estão presos de pés e mãos com o euro.
A solução passa por fazermos o mesmo que a Islândia fez. O apocalipse não vem se deixarmos falir os bancos e a Islândia está aí para o provar e se calhar a ideia do euro não é assim tão boa.
Sobre como sair do euro e quais as consequências Mark Blyth não fala mas deixa claro que neste momento o euro é a ruína da Europa.
Aqui está um link sobre uma reflexão das consequências da saída do euro para pensarmos noutras soluções que não passem por reduzir pensões, salários e despedimentos.
http://www.youtube.com/watch?v=JQuHSQXxsjM
São precisas ideias ainda mais perigosas que a austeridade para sairmos deste beco sem saída onde nos meteram...
Leiam e fiquem a saber a verdade por detrás da mentira de que foram os Estados gastadores os culpados de toda esta confusão.
A culpa reside no 1% que detém 99% da riqueza do planeta.
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