Muitos foram aqueles que sendo feriado, trabalharam hoje. Muitos mais foram aqueles que mesmo sendo feriado teriam apreciado ter trabalhado pois significaria que pelo menos tinham trabalho. Muito menos terão sido aqueles que apreciaram ser feriado e não terem ido trabalhar.
Assim se passa um feriado que nasceu de reinvidicações que tinham como objectivo reduzir a jornada de trabalho. Hoje com cerca de 17% de desemprego em Portugal, a reinvidicação centra-se no apelo à criação de emprego.
Hoje, apesar de toda a evolução tecnológica que tomou conta da produção, dos serviços, trabalha-se mais horas, recebe-se menos salário, a precaridade é elevada tendo em conta os tempos que vivemos.
Não parece que se passaram 127 anos que se iniciou o movimento 1º de Maio.
Era suposto termos construído algo para o futuro mas em vez disso parece que estamos a voltar ao ponto de partida.
A Europa transformou-se numa praça financeira, delegando em países mais pobres a produção de bens, países esses que exploram, escravizam os seus trabalhadores para se poder vender na Europa, nos países ricos por centenas ou milhares de euros. A Europa e os ditos paises de 1º mundo não têm escrupulos. Já que os direitos conquistados pelos trabalhadores desses países são agora dificeis de gerir, acaba-se o emprego nesses países e cria-se noutros onde anos e anos de luta por direitos e condições de trabalho não existem e pode portanto, explorar à vontade, enriquecendo pelo meio e ganhando meios financeiros para transacionar nas praças financeiras, nos tão falados mercados, também eles de alguma forma explorando esses trabalhadores de colarinho branco, alegando praticas legais muito inflexiveis como estando na origem da crise económica vivida.
Não era do interesse de todos que se todas as pessoas tivessem condições minimas de vida, economia, saúde. Não era do interesse de todos que todos pudessem produzir e ter quem comprasse os seus produtos? Pessoas exploradas, no limiar da pobreza, no limiar da sobrevivência, na dependência de esmolas e apoios, sem sonhos, sem esperança, não trazem bem a ninguém. Torna-se uma espiral descendente que é preciso interromper.
Fazem-se estudos sobre as melhores empresas para trabalhar. Nesses estudos são apresentadas as razões porque esses são bons locais para trabalhar que consistem em geral em: orgulho por pertencer à organização pelas boas praticas que esta demonstra, confiança em que gere a mesma, salários e beneficios acima da média, condições de crescimento na organização.
Estas razões ou motivos porque estas organizações são escolhidas por serem boas empresas para trabalhar assentam no facto de as pessoas não sentirem que são exploradas, sentirem que podem contribuir para algo, que esse algo é bom e que tem futuro.
Quando isso acontece, a entrega, o desempenho melhora muito e a empresa produz mais e melhor.
Porque não aplicar este conceito aos países? Fazer com que as pessoas acreditem no futuro, dar-lhes condições para se desenvolverem, não serem escravizadas, poderem sonhar.
Para isso não se pode querer que as pessoas trabalhem a grande parte das suas horas de vida sem qualquer tipo de compensação. Isso cria angustia, sentimentos de revolta, não constroi, envenena.
A revolução tecnológica não veio reduzir a carga de trabalho ao contrário do esperado. Agora pede-se ainda mais com menos pessoas, menos custos.
Temos de parar para pensar onde isto nos leva. Voltamos a 1886 ou até antes para voltar a reivindicar o básico que permitiu construir o que se construiu e que se está agora a destruir a passo de lebre?
Sabemos que a história se repete. Não deveriamos aprender com os erros? Porque se insiste em repetir sempre a mesma receita mesmo sabendo que não funciona?
Porque não trilhar novos caminhos, novas soluções que não nos ponha a todos ao nível do trabalhador do Bangladesh que morre soterrado nos escombros de fábricas mal construídas que têm menos preocupações com o bem estar dos trabalhadores que ali passam 20 horas diárias, inclusivamente crianças para ganhar algo que nem paga o jantar?
Porque não colocarmos como condição minima que seja em que parte do mundo for, os trabalhadores devem ter salário minimo e condições minimas de vida e que não vale a pena andar a rodopiar fábricas pelos países à procura da mão de obra barata até que esta se torne exigente e mais cara e seja preciso procurar novos escravos?
Aprendemos alguma coisa ao longo destes anos? Não estamos a deixar que voltemos à estaca zero?
Assim se passa um feriado que nasceu de reinvidicações que tinham como objectivo reduzir a jornada de trabalho. Hoje com cerca de 17% de desemprego em Portugal, a reinvidicação centra-se no apelo à criação de emprego.
Hoje, apesar de toda a evolução tecnológica que tomou conta da produção, dos serviços, trabalha-se mais horas, recebe-se menos salário, a precaridade é elevada tendo em conta os tempos que vivemos.
Não parece que se passaram 127 anos que se iniciou o movimento 1º de Maio.
Era suposto termos construído algo para o futuro mas em vez disso parece que estamos a voltar ao ponto de partida.
A Europa transformou-se numa praça financeira, delegando em países mais pobres a produção de bens, países esses que exploram, escravizam os seus trabalhadores para se poder vender na Europa, nos países ricos por centenas ou milhares de euros. A Europa e os ditos paises de 1º mundo não têm escrupulos. Já que os direitos conquistados pelos trabalhadores desses países são agora dificeis de gerir, acaba-se o emprego nesses países e cria-se noutros onde anos e anos de luta por direitos e condições de trabalho não existem e pode portanto, explorar à vontade, enriquecendo pelo meio e ganhando meios financeiros para transacionar nas praças financeiras, nos tão falados mercados, também eles de alguma forma explorando esses trabalhadores de colarinho branco, alegando praticas legais muito inflexiveis como estando na origem da crise económica vivida.
Não era do interesse de todos que se todas as pessoas tivessem condições minimas de vida, economia, saúde. Não era do interesse de todos que todos pudessem produzir e ter quem comprasse os seus produtos? Pessoas exploradas, no limiar da pobreza, no limiar da sobrevivência, na dependência de esmolas e apoios, sem sonhos, sem esperança, não trazem bem a ninguém. Torna-se uma espiral descendente que é preciso interromper.
Fazem-se estudos sobre as melhores empresas para trabalhar. Nesses estudos são apresentadas as razões porque esses são bons locais para trabalhar que consistem em geral em: orgulho por pertencer à organização pelas boas praticas que esta demonstra, confiança em que gere a mesma, salários e beneficios acima da média, condições de crescimento na organização.
Estas razões ou motivos porque estas organizações são escolhidas por serem boas empresas para trabalhar assentam no facto de as pessoas não sentirem que são exploradas, sentirem que podem contribuir para algo, que esse algo é bom e que tem futuro.
Quando isso acontece, a entrega, o desempenho melhora muito e a empresa produz mais e melhor.
Porque não aplicar este conceito aos países? Fazer com que as pessoas acreditem no futuro, dar-lhes condições para se desenvolverem, não serem escravizadas, poderem sonhar.
Para isso não se pode querer que as pessoas trabalhem a grande parte das suas horas de vida sem qualquer tipo de compensação. Isso cria angustia, sentimentos de revolta, não constroi, envenena.
A revolução tecnológica não veio reduzir a carga de trabalho ao contrário do esperado. Agora pede-se ainda mais com menos pessoas, menos custos.
Temos de parar para pensar onde isto nos leva. Voltamos a 1886 ou até antes para voltar a reivindicar o básico que permitiu construir o que se construiu e que se está agora a destruir a passo de lebre?
Sabemos que a história se repete. Não deveriamos aprender com os erros? Porque se insiste em repetir sempre a mesma receita mesmo sabendo que não funciona?
Porque não trilhar novos caminhos, novas soluções que não nos ponha a todos ao nível do trabalhador do Bangladesh que morre soterrado nos escombros de fábricas mal construídas que têm menos preocupações com o bem estar dos trabalhadores que ali passam 20 horas diárias, inclusivamente crianças para ganhar algo que nem paga o jantar?
Porque não colocarmos como condição minima que seja em que parte do mundo for, os trabalhadores devem ter salário minimo e condições minimas de vida e que não vale a pena andar a rodopiar fábricas pelos países à procura da mão de obra barata até que esta se torne exigente e mais cara e seja preciso procurar novos escravos?
Aprendemos alguma coisa ao longo destes anos? Não estamos a deixar que voltemos à estaca zero?
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