Os portugueses têm características especiais muito difíceis de se apagar com o tempo.
É uma espécie de ADN adquirido, que mesmo defeituoso continua a grassar.
Hoje trago aqui a irresponsabilidade das pessoas que têm cargos políticos, gerindo os mais diversos assuntos dos cidadãos através da sua actuação nas mais diversas áreas.
É uma espécie de ADN adquirido, que mesmo defeituoso continua a grassar.
Hoje trago aqui a irresponsabilidade das pessoas que têm cargos políticos, gerindo os mais diversos assuntos dos cidadãos através da sua actuação nas mais diversas áreas.
Sempre que essas falham ou os organismos e empresas que superentendem colapsam na sua missão furtam-se em dar a cara, em fazer uma apreciação ou comentário público ao sucedido à comunidade, que em boa verdade lhes paga através de impostos, incentivos ou benefícios.
Então, quando algo corre mal e a Comunicação Social quer saber pormenores para informação dos cidadãos, o habitual ( o tal ADN defeituoso) é: "Não comentamos" , " estamos indisponíveis" ou " a pessoa indicada para responder está ausente".
Curioso não é ?
Cito aqui apenas 2 casos para não ser enfadonho, dos quais estes e muitos mais podemos encontrar se quisermos dar-nos ao trabalho de consultar os jornais na internet.
Uma senhora recebe uma carta das Finanças para pagar as portagens na A-6, cujo valor era de 2 mil euros já com todas as alcavalas. Ora esta senhora não tem carro, não tem carta de condução, nem nunca viajou na A-6 nem mesmo à boleia. A ameaça era de ver o seu ordenado penhorado. Afinal tinham-se enganado no nome ! Mas quando o jornalista quis apurar o que se passava o Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias, que encaminhou o assunto para as Finanças, respondeu:
Uma senhora recebe uma carta das Finanças para pagar as portagens na A-6, cujo valor era de 2 mil euros já com todas as alcavalas. Ora esta senhora não tem carro, não tem carta de condução, nem nunca viajou na A-6 nem mesmo à boleia. A ameaça era de ver o seu ordenado penhorado. Afinal tinham-se enganado no nome ! Mas quando o jornalista quis apurar o que se passava o Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias, que encaminhou o assunto para as Finanças, respondeu:
Não comentamos casos particulares dos nossos clientes, como se a senhora lesada fosse entendida como uma cliente! Mas é para fazerem isto que ganham bem !
O segundo exemplo:
Uma criança na escola de Lamarosa, Torres Novas, perdeu parte de um dedo, porque no recreio da escola existia uma série de tampas levantadas e soltas. A vigilância é quase nula pelo que facilitou o acidente. Porém a Câmara Municipal apesar de muito instada pelos jornalistas e a própria escola não se prestaram a qualquer comentário ou esclarecimento. NO COMENTS.
Uma criança na escola de Lamarosa, Torres Novas, perdeu parte de um dedo, porque no recreio da escola existia uma série de tampas levantadas e soltas. A vigilância é quase nula pelo que facilitou o acidente. Porém a Câmara Municipal apesar de muito instada pelos jornalistas e a própria escola não se prestaram a qualquer comentário ou esclarecimento. NO COMENTS.
Foi assim com os que cegaram por negligência do hospital de Santa Maria em Lisboa, foi assim no hospital Garcia de Orta em Almada onde por negligência queimaram meninos nos intestinos com ácido indevido, é assim quando notificam falecidos há mais de 10 anos, sempre NO COMENTS.
Enfim, há centenas de casos, alguns do próprio Governo, sem explicações à comunidade que é como o povo diz (fecham-se em copas) sem assumirem a sua verdadeira responsabilidade.
E como quem cala consente estes responsáveis são culpados de duas maneiras; por não dirigirem os seus serviços com competência e vigilância e por se esconderem atrás da capa do NO COMENTS .
Depois é a austeridade porque se gastou o dinheiro indevidamente, grande parte dele a pagar salários a estes senhores que mesmo sendo responsáveis nunca o são e que saem de fininho quando a coisa começa a mudar de figura mas sempre assegurando o seu "rendimento mínimo".
Recuso-me a pensar que esta atitude representa a maioria dos portugueses, pois eu sou português e não me identifico com esta postura.
Mas que parece que estes srs. representam uma significativa fatia desta país pois se aqui chegámos sem dúvida que foi com atitudes destas que aqui se relatam.
Tudo isto é triste mas será tudo isto um Fado?!?!
Tudo isto é triste mas será tudo isto um Fado?!?!
Comentários
Enviar um comentário